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Dr. Leonard Brito
Neurocirurgião - Médico da Dor

Traumatismo Cranioencefálico: o que é, impacto e prognóstico

  • Foto do escritor: Leonard Rocha F. de Brito
    Leonard Rocha F. de Brito
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura

O Traumatismo Cranioencefálico (TCE) é uma das condições médicas mais relevantes na área de Neurocirurgia, sendo a principal causa de morte e incapacidade na população economicamente ativa. Trata-se de um problema de saúde pública que gera elevado impacto socioeconômico, demandando estratégias eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e manejo especializado.


🚗 Principais causas

A principal causa de TCE são os acidentes automobilísticos, que resultam em lesões cerebrais graves. As lesões podem ser classificadas em:

  • Lesão cerebral primária: ocorre no momento do trauma, sendo resultado direto do impacto.

  • Lesão cerebral secundária: ocorre posteriormente, devido a cascatas celulares e moleculares, inflamatórias, hipóxia e hipotensão, podendo se estender por minutos ou até dias.


🩺 Importância do diagnóstico e tratamento

Nos casos de TCE grave, o desfecho clínico depende diretamente da antecipação, identificação imediata e instituição do tratamento adequado. A evolução do manejo, com a introdução de tecnologias como a mensuração da Pressão Intracraniana (PIC), contribuiu significativamente para a redução progressiva da mortalidade ao longo dos anos.


🧬 Tumores Cerebrais de Baixo Grau: relação com TCE e abordagem neurocirúrgica

Dentro do contexto neurocirúrgico, é essencial abordar as neoplasias de baixo grau, que podem ser detectadas incidentalmente ou após crises convulsivas únicas. São tumores oligossintomáticos, de crescimento lento, mas que invariavelmente evoluem, podendo transformar-se em tumores de alto grau em cerca de 40% dos casos em até 5 anos.


🔬 Prognóstico e fatores genéticos

A sobrevida depende de fatores anatômico-patológicos e genético-moleculares, como mutações no IDH, codeleção 1p19q, expressão de p53, entre outros.

  • IDH mutante e codeleção 1p19q indicam bom prognóstico, com resposta favorável à radioterapia.

  • Já o IDH selvagem é um marcador de prognóstico reservado.

  • A extensão da ressecção cirúrgica é um dos fatores mais importantes: ressecções totais podem oferecer sobrevida de até 70% em 10 anos, enquanto ressecções parciais reduzem esse número para 25%.


🧩 Inovação em Neurocirurgia: tecnologia e segurança

Para otimizar a ressecção tumoral e reduzir riscos, são utilizadas tecnologias como:

  • Neuronavegação

  • Aspirador ultrassônico

  • Neuroestimulação intraoperatória

  • RMN com tratografia

  • RMN intraoperatória

Esses recursos são fundamentais para maximizar a extensão da ressecção e preservar funções neurológicas, aumentando as taxas de sucesso.


Conclusão

O Traumatismo Cranioencefálico é um desafio de saúde pública, exigindo prevenção, diagnóstico ágil e manejo preciso. Já os tumores cerebrais de baixo grau, apesar de crescimento lento, demandam abordagem cirúrgica precoce e individualizada, combinando avaliação molecular e técnicas avançadas para oferecer aos pacientes maior sobrevida e qualidade de vida.

 
 
 

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