Hidrocefalia: Causas, Sintomas e Tratamentos
- Leonard Rocha F. de Brito
- 2 de jul.
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A hidrocefalia é uma condição neurológica caracterizada pelo acúmulo anormal de líquido cérebro-espinhal (LCR) nos ventrículos cerebrais. É mais frequente na infância, embora possa ocorrer em qualquer fase da vida. Sua origem geralmente está relacionada à obstrução do fluxo do LCR ou a um desequilíbrio entre sua produção e absorção.
Principais sinais e sintomas
Os sinais clínicos da hidrocefalia variam conforme a idade, a doença de base e a gravidade da obstrução. Em recém-nascidos, é comum observar:
Irritabilidade excessiva
Letargia
Episódios de vômitos
Aumento acelerado do perímetro cefálico
Por isso, o acompanhamento regular do perímetro cefálico é fundamental para o diagnóstico precoce. Exames de imagem podem identificar dilatação ventricular antes mesmo do aumento visível da cabeça.
Condutas terapêuticas
O tratamento da hidrocefalia pode ser transitório ou definitivo, envolvendo abordagens invasivas e não invasivas.
Tratamento transitório não invasivo:
Uso de medicamentos para reduzir a produção de LCR e o conteúdo hídrico cerebral.
Punções lombares seriadas, especialmente indicadas em casos de hidrocefalia pós-hemorrágica ou de pressão normal, auxiliando no alívio da pressão intracraniana (PIC) e na prevenção de aderências.
Tratamento invasivo transitório:
Punções ventriculares pela fontanela anterior em situações de emergência.
Drenagem Ventricular Externa (DVE) com cateter ventricular e reservatório externo, indicada para hemorragias intraventriculares, hidrocefalias infecciosas ou quando uma derivação definitiva não é viável no momento.
Tratamento definitivo
Quando indicado, o tratamento definitivo pode incluir:
Remoção de obstruções, como tumores ou granulomas.
Implante de derivações externas, como a derivação ventrículo-peritoneal (DVP) ou ventrículo-atrial (DVA), que direcionam o LCR para outra cavidade do corpo.
Procedimentos de neuroendoscopia, permitindo derivações internas, utilizando sistemas com válvulas unidirecionais para redirecionar o líquido para absorção segura.
Complicações
Apesar dos avanços, complicações podem ocorrer, como infecções, deslocamentos do cateter, crises convulsivas e formação de hematomas intracranianos, exigindo acompanhamento contínuo.
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